Velhice

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Poema de Gilka Machado



Ai!
esta solidão
este silêncio,
sem
alguém
que nos fale
e que nos queira ouvir,
sem lembranças
ou esperanças,
que o passado passou
e já
não há
porvir!

Como é triste velar
nosso próprio cadáver!
Como é triste morrer antes da morte vir!. . .




Fonte: "Velha poesia", Tipografia Baptista de Souza, 1965.
Originalmente publicado em: "Velha poesia", Tipografia Baptista de Souza, 1965.