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Poema de Gilka Machado



Não, não é o homem amante,
és o amor feito homem,
amando cegamente,
indefinidamente amando.

És como o sol que, ao mesmo tempo,
doura as montanhas e as valas,
as alturas perfumadas e as profundezas infectas,
por todos se distribuindo
sem que se detenha
em alguém.



Fonte: "Meu glorioso pecado", Almeida Torres & C, 1928.
Originalmente publicado em: "Meu glorioso pecado", Almeida Torres & C, 1928.

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