Sete damas

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Poema de Alphonsus de Guimaraens



Sete Damas por mim passaram,
E todas sete me beijaram.

E quer eu queira quer não queira,
Elas vêm cada sexta-feira.

Sei que plantaram sete ciprestes
Nas remotas solidões agrestes.

Deixaram-me como um mendigo...
Se elas vão acabar comigo!

Todas rezando os sete salmos,
No chão cavaram sete palmos.

E era para este lugar que eu vinha...
Meu Deus, se esta sepultura é a minha!

Como os meus olhos estão cansados,
Sete pecados, sete pecados!



Fonte: "Kiriale", Tipografia Universal, 1902.
Originalmente publicado em: "Kiriale", Tipografia Universal, 1902.