linha no escuro
Poema de Oswald de Andrade
É fita de risada
A criançada hurla como o vento
Mas os cotovelos se encontram
Se acotovelam e se apalpam
Mãos descem na calada da lua quadrângula
Enquanto a orquestra cavalos e letreiros galopam
Entre saias uma lixa humana se arredonda
Mas quando amanhece
A mulher qualquer
Desaparece
Fonte: "Oswald de Andrade - Poesia Reunida", Editora Civilização Brasileira, 1974.
Originalmente publicado em: "Pau-Brasil", Sains Peril, 1925.