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Poema de Hilda Hilst
Rios de rumor: meu peito te dizendo adeus.
Aldeia é o que sou. Aldeã de conceitos
Porque me fiz tanto de ressentimentos
Que o melhor é partir. E te mandar escritos.
Rios de rumor no peito: que te viram subir
A colina de alfafas, sem éguas e sem cabras
Mas com a mulher, aquela,
Que sempre diante dela me soube tão pequena.
Sabenças? Esqueci-as. Livros? Perdi-os.
Perdi-me tanto em ti
Que quando estou contigo não sou vista
E quando estás comigo vêem aquela.
Fonte: "Da Poesia", Editora Companhia das Letras, 2017.
Originalmente publicado em: "Cantares do sem nome e de partidas", M. Ohno Editor, 1995.
Fonte: "Da Poesia", Editora Companhia das Letras, 2017.
Originalmente publicado em: "Cantares do sem nome e de partidas", M. Ohno Editor, 1995.