Colombina

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Poema de Leonor Posada



Colombina, Colombina,
pobre sombra, pequenina,
limpa os olhos, vem folgar!
Quem te mandou que sonhasses,
Olha: põe carmim nas faces,
pinta os lábios... vem dançar!...

Vem sorrir... A vida é curta,
Colombina, flor de murta,
flor de sonhos em botão...
Porque a mão levas ao seio?
Cala, louca, todo o anseio
que trazes no coração.



Fonte: "Plumas e espinhos", Casa Valente, 1926.
Originalmente publicado em: "Plumas e espinhos", Casa Valente, 1926.