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Poema de Alphonsus de Guimaraens
Se eu a visse descer da escadaria
De um altar que entre nuvens se atufasse,
Certo o menor espanto não teria...
De onde quiséreis vós que ela baixasse?
Pois, dizei-me vós todos, onde havia
De cintilar o alvor de sua face?
Aquela palidez tão casta e fria
Era um lis que na terra não renasce.
Zelos de amor, no entanto, eu tinha, ao vê-la
Mirada por vós todos, como a estrela
Vesperal que ninguém contempla a sós...
Minha pobre alma, que ilusão a tua!
Há damas tristes que são como a lua:
A luz que tem é para todos nós...
Fonte: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Originalmente publicado em: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Fonte: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Originalmente publicado em: "Pastoral aos crentes do amor e da morte", Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.