Singular
Poema de Henriqueta Lisboa
Em vez de amar singelamente
uma casa pequena com jardim,
uma varanda com pássaros,
uma janela em que ao sereno há uma bilha de barro,
um pessegueiro, uma canção e um beijo
- o pessegueiro de seu pomar,
a canção popular
e o beijo que poderia alcançar -
a minha musa ama precisamente
o que não existe neste lugar.
Fonte: "Obra completa", Editora Peirópolis, 2020.
Originalmente publicado em: "Prisioneira da noite", Civilização Brasileira, 1941.
Fonte: "Obra completa", Editora Peirópolis, 2020.
Originalmente publicado em: "Prisioneira da noite", Civilização Brasileira, 1941.