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Poema de Silva Alvarenga



Não desmaies, ó rosa
Que nasceste entre espinhos escondida,
Conserva a tua púrpura mimosa
Até que sejas de outra mão colhida.
Glaura vem, puro zéfiro a convida:
Virão com ela os risos e os amores
Colher no verde prado as lindas flores.
Ornarás seus cabelos venturosa:
Não desmaies, ó rosa,
Conserva-te escondida
Ate que sejas de outra mão colhida.



Fonte: "Obras Poéticas", B. L. Irmãos Garnier, 1864.
Originalmente publicado em: "Glaura: poemas eróticos", Officina Nunesiana, 1799.