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Poema de Silva Alvarenga



Vem, ó Glaura mimosa,
O abrigo destes vales te convida.
Verás gruta escondida e deleitosa,
Que musgosa e feliz teu nome aprende.
Benigno o amor defende estes oiteiros:
Não temas os chuveiros,
Nem que o raio estrondoso as nuvens abra,
Tocando o sol na cabra luminosa.
Vem, ó Glaura mimosa,
Doce ternura e vida;
O abrigo destes vales te convida.



Fonte: "Obras Poéticas", B. L. Irmãos Garnier, 1864.
Originalmente publicado em: "Glaura: poemas eróticos", Officina Nunesiana, 1799.