Segredo
Poema de Henriqueta Lisboa
Tenho os olhos em cintilas,
brumas, trazei-me velários!
Que esta luz não denuncie
tesouros do fundo d'água.
Minha voz é um claro vidro
com revérberos de sol.
Ventos, levai-me a um país
onde ninguém conheça o amor!
No verde escuro das moitas,
entre os musgos, terra a dentro,
perfume de minhas flores
esconderei para sempre.
Fonte: "Prisioneira da noite", Editora Civilização Brasileira, 1941.
Originalmente publicado em: "Prisioneira da noite", Civilização Brasileira, 1941.
Fonte: "Prisioneira da noite", Editora Civilização Brasileira, 1941.
Originalmente publicado em: "Prisioneira da noite", Civilização Brasileira, 1941.