O sobrevivente

Imagem de Mário Quintana

Poema de Mario Quintana



Estranho animal, o escriba, que lhe não basta ver, sentir.., mas é-lhe preciso escrever isso tudo e outras coisas, para só então mais intensamente viver. Daí, o seu ar de sobrevivente. De quem ao mesmo tempo está e não está aqui. E, ao encontrar-te, ele sempre te estende a mão como em despedida, já com saudades de agora.



Fonte: "Poesia Completa", Editora Nova Aguilar, 2006.
Originalmente publicado em: "Caderno H", 1973.