O vento
Poema de Henriqueta Lisboa
O vento passou na noite,
apenas ouvi rumores.
Senti um perfume estranho
coado pelas venezianas.
E um gosto de terra fina
me subiu pelas narinas.
Tenho paredes espessas,
guardam de ventos como esse.
O vento passou de longe.
(Imaginei coisas loucas:
eu e ele... Bati na boca!)
E tudo está como dantes.
Fonte: "Prisioneira da noite", Editora Civilização Brasileira, 1941.
Originalmente publicado em: "Prisioneira da noite", Civilização Brasileira, 1941.
Fonte: "Prisioneira da noite", Editora Civilização Brasileira, 1941.
Originalmente publicado em: "Prisioneira da noite", Civilização Brasileira, 1941.