Ora vejam só
Poema de José Barbosa da Silva
Ora vejam só
A mulher que eu arranjei
Ela me faz carinhos até demais
Chorando...
Ela me pede, meu benzinho,
Deixa a malandragem se és capaz.
A malandragem eu não posso deixar
Juro por Deus e Nossa Senhora
É mais certo ela me abandonar
Meu Deus do céu, que maldita hora...
A malandragem é um curso primário
Que a qualquer um é bem necessário
É o arranco da prática vida
Somente a morte decide ao contrário.
Fonte: "107 partituras de Sinhô", Instituto Piano Brasileiro, 2017.
Originalmente publicado em: Carlos Wehrs & C., nº ch. 1311, 1927.