Serenidade
Poema de Henriqueta Lisboa
Serenidade. Encantamento.
A alma é um parque sob o luar.
Passa de leve a onda do vento,
fica a ilusão no seu lugar.
Vem feito flor o pensamento,
como quem vem para sonhar.
Gotas de orvalho. Sentimento.
Névoas tenuíssimas no olhar.
Tombam as horas, lento e lento,
como quem não nos quer deixar.
Êxtase. Véspera. Advento.
Ouve! O silêncio vai falar!...
Mas não falou... foi-se o momento...
E não me canso de esperar.
Fonte: "Enternecimento", Paulo Pongetti Editora, 1929.
Originalmente publicado em: "Enternecimento", Paulo Pongetti Editora, 1929.
Fonte: "Enternecimento", Paulo Pongetti Editora, 1929.
Originalmente publicado em: "Enternecimento", Paulo Pongetti Editora, 1929.