Vi o pombo gemê
Poema de Donga, João da Bahiana e Pixinguinha
Andaraê
Vi o pombo gemê.
Digo missa e não sou padre,
Curo e não sou doutor.
Não tendo quem te defenda,
serei o teu defensor.
Toda vez que eu me lembro
Que a baleia é mãe do mero,
Que a gente depois de morto
Vai parar no cemitério.
Não tenho medo do homem
nem do ronco que ele tem.
O besouro também ronca
mas isso não é ninguém.
Fonte: "Acervo Digital Pixinguinha", 2023.
Originalmente publicado em: disco Victor 33.573-A, 1932.