Um sono sem frestas
Poema de João Cabral de Melo Neto
Nas províncias de Chimborazo
é a terra morta: se dormida
dorme o sono de vez dos mortos
em suas celas de cantaria.
É o sono imóvel e compacto
que se dorme na anestesia,
que por ser sem chaves, sem frestas,
perdeu o discurso de Bolívar.
Fonte: "A educação pela pedra e depois", Editora Nova Fronteira, 1997.
Originalmente publicado em: "Agrestes", 1985.
Fonte: "A educação pela pedra e depois", Editora Nova Fronteira, 1997.
Originalmente publicado em: "Agrestes", 1985.