23. Orixás


Poema de crroma



Chamas arrasam florestas de Oxóssi,
de Ossaim queimam folhas e plantas,
o fogo destrói Iroko - orixá árvore.

As águas doces de Oxum se assoreiam.
Yansã vê seus ventos alterados.

As chuvas de Oxumaré se deprimem,
caem em dilúvios, se ausentam.
Rareiam as garoas de Euá.
Nanã perde manguezais e lama.

Criador da vida, Oxalá se assusta com tanta tragédia,
tanto calor, tanta fumaça.

Estamos quebrados,
errando em destruir
o que é natural e opomos
a um progresso imediato, ganancioso,
de uns poucos a punir muitos.

Os orixás alertam - não vingam:
se o perigo está em nossa casa,
estamos nós em perigo.




(a partir do artigo 'Orixás alertam: queimadas destroem florestas e violam a harmonia sagrada', do Extra)
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