A uma dama que lhe pediu um craveiro
Poema de Gregório de Matos
O craveiro que dizeis
não vô-lo mando, Senhora,
só porque não tem agora
o vaso que mereceis:
porém, se vós o quereis
quando por vós eu me abraso,
digo, em semelhante caso,
sem ser nisso interesseiro,
que vos darei o craveiro
se vós me deres o vaso.
Fonte: "Obra Poética", Editora Record, 1992.
Originalmente publicado em códices da segunda metade do século XVII.