Maçã
Poema de Manuel Bandeira
Por um lado te vejo como um seio murcho
Pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende ainda o cordão placentário
És vermelho como o amor divino
Dentro de ti em pequenas pevides
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente
E quedas tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel.
Fonte: "Antologia Poética", Editora Nova Fronteira, 2001.
Originalmente publicado em: "Lira dos Cinquent'anos", 1940.
Fonte: "Antologia Poética", Editora Nova Fronteira, 2001.
Originalmente publicado em: "Lira dos Cinquent'anos", 1940.