Fim de feira
Poema de Carlos Drummond de Andrade
No hipermercado aberto de detritos,
ao barulhar de caixotes em pressa de suor,
mulheres negras e crianças rápidas
catam a maior laranja podre, a mais bela
batata refugada, juntam no passeio
seu estoque de riquezas, entre risos e gritos.
Fonte: "As Impurezas do Branco", José Olympio Editora, 1973.
Originalmente publicado em: "As Impurezas do Branco", 1973.
Fonte: "As Impurezas do Branco", José Olympio Editora, 1973.
Originalmente publicado em: "As Impurezas do Branco", 1973.