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Poema de Manoel de Barros
Desinventar objetos. O pente, por exemplo. Dar ao
pente funções de não pentear. Até que ele fique à
disposição de ser uma begônia. Ou uma gravanha.
Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma.
Originalmente publicado em: "Livro das Ignorãças", 1993.