Fosse o céu sempre assim
Poema de Adélia Prado
Como num insuspeitado aposento
em casa que se conhece,
uma janela se abre para cascalho e areia,
pouca vegetação resistindo nas pedras,
esmeraldas à flor da terra.
Nada exubera. É Minas,
um homem com seu cavalo
se abeberando no córrego.
Originalmente publicado em: "A duração do dia", Editora Record, 2010.