Carranca

Imagem de crroma

Poema de crroma



Pantanal ardeu em chamas.
Uma anta carbonizada
adornava a margem do rio.

O focinho chamuscado.
Olhos de vidro
em órbitas fustigadas.

No interior da boca,
entre os dentes incisivos
a língua petrificou-se
em um terminal contorcionismo.

O fogo transformou a anta
em uma desventurada escultura,
transformou-a em uma carranca
pantaneira, orgânica.




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